quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Edson Japonês lança Priscila Ozaki candidata em 2010


O leitor já percebeu que eu gosto muito de andar por aí observando a vida a minha volta. Flanar um pouco. Ontem troquei minha bicicleta de três pedais pelo ônibus metropolitano e fiz um tur por algumas cidades vizinhas. Fui ver as novidades.

Andar de metropolitano é uma verdadeira viagem. Quem nunca andou não está perdendo nada, mas quem já usufruiu desse transporte sabe quanta cultura popular é possível encontrar em um ônibus.

Tudo transcorria normalmente, o que já é anormal por se tratar de um ônibus metropolitano. Não que o serviço da empresa seja ruim, pelo contrário, o metropolitano possibilita a muitas pessoas ir e vir a baixo custo. Mas quem anda de ônibus tem sempre uma história engraçada para contar. Ontem, no entanto, nenhuma criança chorava, não havia galinhas a bordo, e os idosos estavam todos sentados. Apenas a voz do ex-candidato a prefeito Edson Japonês se sobressaía das demais. Ele vinha contando que o partido pretende lançar sua filha, Priscila Ozaki, como candidata a deputada nas próximas eleições. Por um erro, um lapso, nós esquecemos de colocar o nome de Priscila na nossa enquete.

Mas isso não foi tudo, trocamos de ônibus e a viagem continuou. Uma outra cena chamou minha atenção. Observei um surdo-mudo tentando se comunicar com outro passageiro. A conversa era difícil, pois o outro passageiro não conhecia a linguagem dos sinais. As confusões eram muitas e o surdo-mudo começou a se irritar por não ser compreendido.

Em tempos em que se discute tanto a acessibilidade, é impressionante como pessoas com alguma deficiência áudio-visual ainda não tenham garantido o direito de se comunicar. Falamos tanto em rebaixar calçadas e até da necessidade de um elevador no prédio da prefeitura municipal, mas nunca ouvi ninguém dizer que aulas de LIBRAS e de BRAILE deveriam ser obrigatórias a todos os alunos nas escolas.

Acho o ser humano, mesmo quem não tem nenhuma limitação, seria muito mais completo, mais humano, se aprendesse a se comunicar com todos a sua volta. Se aprendêssemos essas matérias nas escolas não discriminaríamos ninguém, nem nos sentiríamos constrangidos por não compreender a linguagem de outra pessoa, seríamos menos analfabetos.

Quem sabe nossas autoridades não levam esse projeto para o Ensino em Tempo Integral?! Se for aprovado o diário oficial eletrônico, com certeza vai sobrar um dinheirinho pra gastar em um outro bom projeto. Ou quem sabe esse não venha a ser o projeto de Priscila Ozaki ou outro candidato nas próximas eleições?!

By Dona Arannha.

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