quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Os duros dobrões da crise bancária


O sítio eletrônico do Jornal Gazeta do Povo traz uma notícia um tanto curiosa no dia de hoje. Lá se pode ler:

“Para engrossar as fileiras de manifestantes em defesa da greve dos bancários, o sindicato que representa os trabalhadores da categoria em Curitiba e região metropolitana incorporou as práticas de mercado e partiu para a contratação direta de piqueteiros.

A manifestação realizada ontem na agência do Banco Real na Rua Marechal Floriano Peixoto, no centro da capital, contou com a participação de aproximadamente 120 ‘grevistas’, que receberam R$ 40 – acrescidos de dois sanduíches de queijo e presunto cada um – para participar do protesto das 6 horas da manhã até o fim da tarde”.


A partir dessa notícia, fiz uma reflexão interessante: Afinal, será que a adesão dos bancários não é tão grande, a ponto do sindicato precisar contratar piqueteiros? Ou será esta uma mera estratégia publicitária – um marketing de greve? É preciso lembrar que as maiores adesões provêm de bancos públicos – Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

Associei a esta matéria da Gazeta do Povo um comentário veiculado pela Rádio Trasamérica, no Primeiro Programa de hoje. Um comentarista político, que devido ao Mal de Azheimer não recordo o nome, afirmava que talvez essa greve dos bancos seja interessante para os próprios banqueiros e também para o governo.

Com a crise financeira mundial, a principal preocupação é que os correntistas corram aos bancos e saquem seu dinheiro, o que poderia levar a quebra dos mesmos. Com a greve, parte significativa desses recursos continua nas instituições, enquanto o Banco Central estuda uma forma eficiente de socorrer as instituições.

Enquanto isso, os caixas eletrônicos vão ficando vazios, os cheques se acumulam no comércio, as filas das lotéricas dão voltas pelas ruas e as notas de um real continuam desaparecendo. Eu odeio carregar aquelas moedas que parecem dobrões, mas com a alta do dólar já não valem tanto assim...

By Dona Aranha. Take care.

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